O assunto é antigo, portanto não é novidade,
mas tem ganhado cada vez mais força a insatisfação por parte das editoras
quanto a usura praticada por certas livrarias. É que algumas delas estão
cobrando cada vez mais caro para colocarem livros em pontos mais expostos. Sim,
aquele livro que você se depara assim que entra em certas livrarias não está
ali por acaso.
Assim como em alguns
supermercados, a prática da gôndola privilegiada também acomete o mundo
literário. Para se ter o livro colocado em lugar de melhor visão (normalmente
na frente da entrada principal), as editoras devem desembolsar uma boa quantia.
Quantia essa que vem sendo inflacionada seguidamente e tem feito certas
empresas rangerem os dentes. A insatisfação é tão grande que até gente graúda
tem reclamado da situação.
Vejam a que ponto as coisas chegaram:
Se até as editoras gigantes têm reclamado, imaginem os preços que estão sendo
cobrados. Situação que tem feito até a turma que acredita que tal cobrança é mera
lenda urbana ficar rubra de vergonha. Ou será que a cobrança, com tabela
proporcional de preços pautadas pela altura das prateleiras ou centímetros ocupados
é mesmo uma crendice popular?
Não sei, mas como sou chegado em
teorias da conspiração, fico com a turma que acredita na veracidade do “mito” e
só sei que livros em lugares privilegiados são sempre os que fazem parte dos catálogos
das editoras grandes.
E que fique claro que não condeno
esta prática. A mim pouco importa quem cobra e quem paga. Mas para não dizerem
que estou completamente alheio a questão, procuro vasculhar bem as livrarias e
tal qual um garimpeiro ávido por ficar rico subitamente, entro numa prática de verdadeira
garimpagem.
Afinal, em meio a uma infinidade
de livros, eu posso descobrir uma verdadeira pepita que estava ali, bem
escondida em algum grotão antes imperceptível. Até porque, ampla exposição
definitivamente não é sinônimo de qualidade.
E então, vamos garimpar?
Estou no twitter: @TonnyCruzBR