Pitboys,
neonazismo, homem com câncer de mama e uma trama que se passava em um hospital.
Isso sem falar na personagem principal, uma médica que se descobria soropositivo.
Uma trama sensível, delicada, mas envolvente. Com tudo que uma boa novela das
nove tem direito: drama, romance, comédia e uma pitada de suspense. Uma história
que mesclava a linguagem do bom e velho folhetim com temas ousados e
inovadores.
Apesar
dos temas, a intenção era fazer um novelão, com “N” maiúsculo. Desses que o público
tanto gosta. “Laços de Vida”. A história
foi criada entre o final de 2006 e 2007, ou seja, de lá para cá, muitos temas
foram sendo colocados em novelas e tidos como inovadores, mas quando eu escrevi
a sinopse, nem sonhava em vê-los em obras alheias. Bingo para quem conseguiu
colocá-los no ar!
Acho
que sou bom em tratar de temas novos (ao menos para novelas). O fato de
recentemente ter tido uma novela que também se passava em um hospital e agora ter
sido anunciado que uma novela da Record também irá tratar de neonazismo de
forma idêntica à da minha sinopse, me fez concluir que história é para ser
executada imediatamente, pois com o passar do tempo, vai se tornado obsoleta. Só
falta tratarem do tema sobre homem com câncer de mama. Acho que vou publicar a
sinopse dessa novela no meu blog. Eu já hesitei umas mil vezes, mas a inovação,
que era o grande trunfo da trama, tem se esvaziado seguidamente.
Na época,
enviei a sinopse para a Record e posteriormente para uma produtora de Portugal.
A sinopse da Record deve ter tido o lixo como destino. Já a produtora de Portugal
a elogiou e a achou bem estruturada e tal... Até chegaram a pedir o meu CV e iniciaram
um certo diálogo, mas algum tempo depois, ela veio a encerrar as atividades.
Outro
país em que o profissionalismo no tocante a captação de novos projetos é real, independentemente
de quem os escreve, é a Colômbia. Digo isso, porque lá o sol nasce para todos e
não se admite a perpetuação dos mesmos autores em sistema de loteamento de
horários. Autor de uma novela só, nem pensar! Por isso que a Colômbia tem se
tornado um celeiro de novas tramas que ganham várias versões em todo o mundo. Por lá, a grife é o produto em si e não o nome
de quem o escreve. Quero trabalhar lá!
Como
teste, desengavetei um projeto de uma trama que nem era para aquele país, e a enviei.
Eis que dois meses depois, me responderam dizendo que era boa, mas não era o
que estavam procurando (eu imaginava isso, porque em verdade, não era para o
público colombiano). Mas o fato é que me responderam e era o que eu queria. Por
que estou dizendo isso? Porque não mais, vou perder meu tempo pensando em criar
tramas para o Brasil. Quanto ao tratamento que nos é conferido, ainda não vi a
diferença entre lixo e roteirista iniciante. TV aberta – desisto!. Para o Brasil,
só novelinhas e séries para a TV paga. Projetos já por aí... O entrave é o
retorno, bom ou ruim demoram pra te responder. Isso quando te respondem. Mas assim
que finalizar alguns outros; todos com destino certo e determinado, terei como
foco, tão somente, o mercado externo. Lá fora não há enrolação. Tudo é objetivo
e prático, ao menos comigo foi assim. E é pra lá que eu quero ir! Fica a dica.
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