quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

AS IDEIAS SAEM DAQUI Ó:

Algumas emissoras de TV´s internacionais estão sendo reconhecidas como grandes celeiros de ideias que acabam por ganhar o mundo em várias versões de suas telenovelas. O comum de todas: Sempre estão abertas a receberem sinopses de produtoras independentes ou até mesmo de roteiristas, ou melhor, Guionistas. O resultado: Histórias bem diferentes, sem que exista a questão do auto plágio, evitando-se as tramas escritas sempre pelos mesmos autores; textos com grande apelo comercial, sem que exista a necessidade de se popularizar ao extremo mediante diálogos imbecis ou infantilizados e linhas de história com linguagem universal, sem que seja necessário fazer uso da mexicanização. Se você acha que o mercado das telenovelas latinas se resume a Televisa, está por fora do atual mercado internacional.  Abaixo, a série TV´s que dialogam com novos roteiristas...


Da série TV´s que dialogam com novos roteiristas 1
RCN DA COLÔMBIA
Já virou tradição a RCN destinar, ao menos, um horário de telenovelas produzidas em parceria com as produtoras independentes da Colômbia.  Isso quando não abre pitching para receber roteiros de roteiristas.

Da série TV´s que dialogam com novos roteiristas 2
CARACOL TV
Atualmente tem um departamento específico para receber projetos.

Da série TV´s que dialogam com novos roteiristas 3
TVN DO CHILE
Costuma fazer pitching e até já teve uma plataforma on line para receber projetos. Na época fiz o teste: Me inscrevi na plataforma, funcionou direitinho, ou seja, recebia projetos de roteiristas de fora do Chile, mas não cheguei a enviar um projeto a tempo. Seus textos costumam ser comprados pela Telemundo e sempre ganham boas versões lá na terra do Tio San.

https://www.youtube.com/watch?v=8S8Ktnqsbh8

Também estou no twitter: @TonnyCruzBR

sábado, 9 de novembro de 2013

PROGRAMA DE ROTEIRISTAS DA GLOBOSAT

Alguns desavisados ainda chamam o programa de roteiristas da GLOBOSAT de concurso. Não se trata de concurso, pois nenhum inscrito participa com a entrega de material. Não há com o que concorrer. Embora os critérios para a escolha daqueles que participarão do programa não sejam claros, ao menos, os roteiristas são poupados de se debruçarem a fazerem projetos, que ao fim, poderão não ser lidos ou não lidos com a devida cautela. O paradoxo disso tudo é que as regras acabam sendo claras: Se inscreve quem quiser. Escolha de currículo por escolha currículo, é bem melhor que não se estabeleça certas exigências que impliquem em perda de tempo por parte dos pobres participantes.

Ps.: E tem mais: Muita gente que foi escolhida para participar da edição nº 01 desse programa tem projetos bem melhores do que muitos projetos finalistas em certos “concursos”.

Ps. 2: E ao que parece a GLOBOSAT não está utilizando dinheiro público para bancar esta empreitada. Em tese, ela pode chamar quem bem entender.
Ps. 3: Produtoras de certos “concursos” já devem ter colocado meu nome na boca de algum sapo por aí...

sábado, 25 de maio de 2013

TELEMUNDO QUER SER A TELEVISA, SÓ QUE NÃO !

O novelista Aguinaldo Silva revelou que, durante uma das reuniões com os produtores da versão hispânica de “Fina Estampa”, questionou os cílios postiços e o cabelão das atrizes até então candidatas a personagem principal da telenovela, já que a “personagem original” não fez uso desses artifícios. A resposta veio quando um alto executivo da emissora disse que todas as atrizes mexicanas usam “cabellon” e cílios postiços. 

Na minha opinião, o referido executivo não falou a verdade quando fez essa afirmação. Ao menos não nas produções da emissora da “terra do tio San”. Pelo contrário, a Telemundo tem tentado de todas as formas afastar e “estética mexicana” das suas novelas.

Cenários precários, figurinos esfuziantes e maquiagem carregada são alguns dos elementos que são evitados nas novelas da emissora. Esses são apenas alguns exemplos da “Cartilha Televiselesca” que a emissora americana não segue de jeito algum. Aliás, com a concorrência da TV Azteca, a própria Televisa tem evitado esse tipo de coisa, mas isso é assunto para outro texto.

As razões da postura adotada pela Telemundo são óbvias: O que se pretende é ganhar o respeito do público internacional e por tabela angariar cada vez mais espectadores que não são necessariamente os latinos americanos. O que de certa forma a emissora tem conseguido, pois já vi em algum lugar que suas produções têm conquistado uma audiência do público genuinamente americano. Algo extremante improvável há algum tempo.

Outro ponto que chama a atenção tem sido a beleza do seu cast. A maioria das novelas hispânicas antigas até pareciam que tiveram seus elencos retirados de um trem fantasma. Hoje em dia, como se não bastasse o maior critério quanto ao padrão estético, já não há o receio de explorar à exaustão os corpos dos seus atores e atrizes. Não há espaço para tramas representadas com personagens muito pudicos. O que dizer quando o belo se une ao ousado? Quem não gosta dessa mistura?

E os cuidados para mostrar tais belezas também são perceptíveis. Era exatamente neste ponto que eu queria chegar: As atrizes não aparecem com penteados disformes, muito menos com o aspecto de cara pintada. Definitivamente não!

Por isso acho que o Aguinaldo Silva agiu corretamente ao se insurgir contra os cabelos e cílios das atrizes, já que se tem evitado esses excessos em produções anteriores, por que aceitá-los em Marido de Alquiler?

Em contra partida a atitude do diretor da Telemundo, ao dizer que todas as atrizes mexicanas usam esses recursos, até pode ter um fundo de verdade, mas não nas produções da emissora em que ele trabalha. Ao menos isso não é feito de forma tão indiscriminada e natural quanto o que ele tentou transparecer. Admitir o contrário seria estabelecer uma contradição com o atual panorama da emissora.

E sem querer criar celeuma, embora goste de um “furdunço”; devo dizer que o tratamento que a Telemundo tem dado a textos oriundos de outras emissoras tem sido com grande esmero. Vide as adaptações dos textos vindos da TVN do Chile. Tanto o modo de contar as histórias, quanto a forma de fazê-las foram evidentemente inspiradas nas séries de investigação americanas. Quem duvidar do que estou falando procure ver vídeos das versões americanas de “Donde Estás Elisa?” e “Alguien te Mira”.

Enfim, espero que o mesmo cuidado seja empregado com a nova versão de “Fina Estampa” e que o público americano, como um todo, também possa se divertir e se emocionar com a história que fez milhares de brasileiros ficarem diariamente à frente da TV. Só não esperem que ela tenha a mesma qualidade da versão brasileira, porque aí, já é pedir demais.

 

Obs.: Estou demorando para postar porque estou preparando novidades. Em breve vou falar sobre isso.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

EU ACHO QUE ELA NÃO MERECE, MAS MESMO ASSIM: PARABÉNS BAND!




Nesta segunda feira a TV Band fez aniversário. A comemoração foi tão insossa, que nem a emissora fez algo a altura para comemorar seus 46 anos. Eu acho esta emissora bem esquisita. A esquisitice começou quando, na década de noventa, ela praticamente “enterrou” toda a sua linha de shows, infantis e teledramaturgia para se tornar a “TV do esporte”. Algo inadmissível para uma emissora aberta que deve ter uma linha de programação variada.

Para piorar veio o seu novo nome: “BAND”. Até hoje isso não me convenceu. De quem foi a ideia para rebatizar a emissora com um nome desse? BANDEIRANTES soava mais imponente! Como se não bastasse ter perdido a imponência, também perdeu o segundo e terceiro lugares para o SBT e RECORD. Perdeu ou a própria emissora os entregou de bandeja?

Para piorar, quando se busca o que a emissora já produziu, nota-se que o tempo não lhe fez bem. Em parâmetro de comparação com ela mesma, constatamos o quanto a sua programação atual é ruim, fraca e insossa...

A nova cagada da emissora é a de praticamente só produzir novos formatos, se eles forem estrangeiros. Os argentinos ainda vão comprar a emissora. Aliás, essa cagada só não é maior do que a de vender o seu horário mais nobre para uma igreja.

E o que falar da teledramaturgia? Para quem já fez “Os Imigrantes”, “A Deusa Vencida”, “Ninho de Serpentes”, “Cavalo Amarelo” e “Meu Pé de Laranja Lima”, é vergonhoso ver as suas últimas produções.

Aliás, dizem que boa parte do material do arquivo da emissora estaria - sem meias palavras - apodrecendo em cantos e prateleiras da emissora, sem qualquer tratamento de manutenção. Estão destruindo o que a emissora tem de melhor: O seu passado!

Bem, não é preciso ser vidente para saber que o futuro da emissora não é nada promissor. Não se vê notícias de produção de novos programas de auditório ou de teledramaturgia. Esperem sim, uma enxurrada de Reality shows daquela produtora do país do Maradona e ainda muitas séries enlatadas.

Mas como sempre existe uma luz no fim do túnel. A emissora poderia produzir bons programas infantis, novos programas de auditório e principalmente reativar sua teledramaturgia. Material não lhe falta: Que tal refazer as tramas da Ivani Ribeiro, que a emissora tem de sobra? O futuro é nebuloso, mas o poder de fazê-lo brilhar, tal qual a mais lídima luz solar pode estar ao seu alcance. O seu passado foi construído com esforço próprio, o mesmo pode ser feito com o seu futuro.

Parabéns, Band(DEIRANTES) !

 

sábado, 2 de março de 2013

JUSTIÇA DETERMINA QUE PEÇA INSPIRADA EM UM FAMOSO CASO POLICIAL SAIA DE CARTAZ

Outro dia me chamou a atenção uma notícia acerca de uma peça teatral montada pela Cia de Teatro Os Satyros e a razão da minha atenção é o fato de que o espetáculo tem como recorte ou pano de fundo, entre outras, uma famosa tragédia real em que uma criança teria sido jogada do andar de um prédio. Quanto ao caso em si não é necessário ir ao deslinde de detalhes, porque todos bem sabem de qual se trata.

O fato é que a peça intitulada “Edifício London” foi escrita pelo talentoso dramaturgo Lucas Arantes que também lançou o texto em forma de livro editado pela Editora Coruja, o qual tratei de comprar e está na minha estante aguardando a sua vez para ser “devorado”.

Mas eis que, nesta manhã de sábado, tomei conhecimento de que a família de uma das partes envolvidas diretamente na tragédia real tratou de acionar a justiça para retirar a peça de cartaz, logrando êxito em tal intento.

O pior é que infelizmente não tomei como surpresa tal notícia. Eu imaginei que, mais cedo ou mais tarde, iriam fazer exatamente isso. Foi ingenuidade dos produtores envolvidos imaginarem o contrário. Infelizmente as coisas funcionam assim, mas sinceramente espero que o imbróglio não acabe aqui, ao menos não dessa forma, pois, por outro lado, a Cia em questão também tem o direito de se defender e tomar as providências que entender necessárias. Já ouviu o bordão de que um processo pode ser um bumerangue? Nunca duvide disso. Pense mil vezes antes de acionar a justiça, porque se você não estiver bem fundamentado, a depender do caso estará f*****.

Em contrapartida, também acho que esse conflito de bastidor, bem menos glamoroso que o conflito fictício, em última instância também possa se transformar em um chamariz para o espetáculo (se a situação for revertida). Como diz um bom e velho ditado popular lá do nordeste: “Forró que não tem briga, não é forró”.

Mas quando se vai para um forró, “se vai pra um bom rala coxa” e ingenuidade definitivamente não é um elemento que deva se fazer presente. Pois que no meio desse rala-rala, percebo que houve uma certa ingenuidade por parte dos produtores do espetáculo que revelaram sobre em que caso o espetáculo era inspirado (ao menos lendo o que foi divulgado chego a essa conclusão).

Só acredito que não deveriam mencionar o caso real e contemporâneo. Deveriam deixar que o público, por si só fizesse a ilação entre os dois pontos da questão. E se a Justiça fosse acionada não haveria provas de inspiração na realidade. Até porque, casos de tragédias envolvendo entes familiares não são novidades no meio cênico. Inclusive foi divulgado que Edifício London também teve inspiração nas peças teatrais Macbeth, de William Shakespeare e Medéia, de Eurípedes. E estas por si só seriam suficientes para fundamentar defesa em Juízo no meio de eventual dissídio.

Que se fizesse como na época da ditadura: Escrevesse ou dissesse o que quisesse, mas nunca se entregava o ouro para a censura, mesmo o público sabendo do que se tratava.

A questão é que vivemos numa “democracia”, nos desarmamos e perdemos o traquejo para lidar com os detratores ao exaltarmos nossas convicções de peito aberto por acreditarmos na liberdade de opinião e pensamento. Em contrapartida, a censura ganhou novos contornos e entre classificações indicativas e outras coisas mais, vira e mexe, vem com toda a força!

 Também estou no twitter: @TonnyCruzBR