sexta-feira, 27 de abril de 2012

ESTARIA O SBT SE UTILIZANDO DE MENSAGENS SUBLIMINARES?

Vocês jê repararam algo de diferente nos programas do SBT? Não me refiro as novidades da programação, mas a algo que sempre foi motivo de discussões e controvérsias: as mensagens subliminares.
Pois bem, eis que nos últimos tempos, têm se tornado cada vez mais constantes relatos de pessoas que estariam vendo imagens descontextualizadas em meios aos programas da emissora do Seu Silvio.
As incursões estariam ocorrendo entre o fim dos blocos de alguns programas e as vinhetas que dão abertura aos intervalos comerciais. Onde imagens estariam sendo inseridas de uma forma ultra rápida e sempre têm sido de merchandisings de produtos ou de programas de própria emissora.
Há quem diga ter visto a logo da Jequiti (empresa de cosméticos do Grupo Silvio Santos) e até de programas que vão estrear como o da novela Carrossel.
Sinceramente eu não vi coisa alguma, se bem que não tenho visto o SBT com frequência. Mas se de fato isso estiver acontecendo é algo muito curioso, porque até onde eu sei (e as vezes nada sei) mensagens subliminares são proibidas. Ou melhor, são consideras anti-éticas pelo mercado.
Esse recurso sempre foi alvo de polêmicas desde longos tempos, mas ele não é lenda urbana e de fato já foi e é muito utilizado para alcançar diversos fins.
Dizem que para fins de erotização, outros para fins de satanismo, de divulgação político-partidária ou simplesmente para divulgar produtos. Mas entre verdades e mentiras, sensatez e alarde, esse recurso é inquestionavelmente eficaz, porque atinge o nosso subconsciente de uma forma direta, ou seja, sem que o cérebro tenha tempo de “filtrar” a informação, para “se defender” dela.
Não é a minha intenção tecer considerações aprofundadas sobre o assunto, porque sei que muitos já sabem sobre o que estou a me referir, bem como sei que vocês estarão a vontade para pesquisar sobre a questão. Mas o que posso dizer é que as mensagens subliminares não são assunto de nerds obcecados em teorias de conspiração. Elas existem sim! Já ouviram falar em alguns filmes da Disney? Até existiu um que teve sua exibição proibida.
Nessa leva, teve uma época em que algumas redes de cinema americanas inseriam mensagens subliminares nas vinhetas que antecediam os filmes como forma de incentivar o consumo de pipocas. O que fez com que os órgãos de proteção ao consumo de lá se insurgissem veementemente contra a prática. Hoje lá nos “isteites” ela é proibida.
Mas o fato é que estes tipos de mensagens são como o personagem de terror Jason, quando se pensa que elas morreram, eis que de repente surgem do limbo mais sombrio para nos pegarem subitamente.
Quem lembra daquela onde uma certa emissora (que agora eu não quero dizer o nome, mais estou olhando par ela) teria utilizado na vinheta comemorativa dos seus quarenta e cinco anos, um conceito muito parecido com o de uma campanha de um partido político?  Para alguns - principalmente os que têm estrelinha na cabeça -, esta vinheta foi tão escrachada que o barulho foi imediato e obrigou a emissora a tirar a tal vinheta do ar. Não deixaram que o tucano eletrônico batesse suas asas.
Só sei que novamente as mensagens subliminares estão no alvo das atenções, porque a emissora do baú estaria se utilizando de tal prática. Embora eu nada diga, pelo simples fato de que nada vi.
Mas vocês, já viram as tais mensagens do SBT? Será que de fato elas existem ou é puro frenesi? Já viram ou ouviram falar de algum tipo de mensagem subliminar significativa? Comente na sessão comentários e divida sua percepção com a gente.


Me sigam no twitter e vamos catar as mensagens subliminares de lá também.
@TonnyCruzBR
Até a próxima. Nem sei até quando vão deixar este blog no ar.

terça-feira, 24 de abril de 2012

LEI PRETENDE FLEXIBILIZAR O PROGRAMA “A VOZ DO BRASIL”

Até hoje não compreendo porque temos que ouvir de forma obrigatória e simultânea o programa de rádio a Voz do Brasil. Se é que podemos chamar aquilo de programa.
Muito menos não compreendo porque ninguém de nome e sobrenome sonoros se insurgiu veementemente contra essa praga. Pois até hoje o que ouvi foram poucas e parcas vozes entoarem aqui ou acolá, cujo destino da sonoridade não foi outro, senão o valão do esquecimento.
Aquilo que se diz um programa é algo que foi criado na era Vargas, pelo DIP, o até então Departamento de Imprensa e Propaganda, órgão responsável por cuidar da “imagem do governo” (entenda-se controlar a liberdade de expressão e monitorar a atuação da imprensa).
O DIP surgiu enquanto a Europa via a peste do nazismo se transmutar em outras versões atenuadas, se é que posso utilizar esta expressão. Mas o Fascismo, a ramificação branda (?) mais expressiva do nazismo, ganhava contornos cada vez mais influentes e foi nessa leva que o DIP, entre outras coisas mais, foi criado.
Muitas décadas depois a “Voz do Brasil” continua firme e forte e assim vai continuar por toda a eternidade, porque o seu propósito não é outro senão divulgar os feitos dos poderes constituídos, sem qualquer liberdade editorial.
Portanto meus prezados, não se animem com o título da postagem, porque a tal Lei que está prestes a ser votada pretende tão somente flexibilizar o horário de exibição do programa para adequá-lo aos diferentes fusos horários do Brasil.
O que vocês acharam? Que a referida flexibilização seria no sentido de tornar facultativa a sua exibição?
Quem respondeu SIM, trate de fazer o seu pedido de ovo de páscoa para o Papai Noel, porque a Páscoa já passou e o natal é a festividade comercial (deveria ser religiosa, não era?) mais próxima.
 E eu continuo lá nos “tuita” @TonnyCruzBR.
Aproveitem enquanto deixam eu teclar, porque do jeito que estou vão me gongar logo, logo...

segunda-feira, 23 de abril de 2012

A IMPORTÂNCIA DE SABER TRABALHAR EM GRUPO

Tenho postado aqui, uns textos em que critiquei a forma com a qual o roteiro é tratado no cinema. Ou melhor, a forma com a qual o roteirista é tratado. Tendo em vista que o roteiro desenvolvido por ele acaba sofrendo muitas intervenções, o que em muitas vezes, para o bem ou para o mal, praticamente acaba por terminar em um trabalho quase que coletivo.
Desta vez não quero fazer juízo de valor desta sistemática. O que me interessa demonstrar é que a dinâmica da relação com o roteirista é assim, é fato contra o qual muitos tentam se insurgir na defesa de um trabalho mais autoral, corrente na qual eu me filio. Mas meus posicionamentos não vêm ao caso agora.
O fato é que para se trabalhar na arte da escrita do audiovisual, a figura do roteirista que coloca o que é seu de forma absoluta na confecção do roteiro é algo cada vez mais raro e não é só no cinema, isso também ocorre na TV, fazendo com que o profissional tenha para si uma verdadeira missão coletiva.
Não quero aqui fazer apontamentos técnicos sobre o trabalho corporativo, porque não é a função deste espaço. Mas o que percebo é que na prática da escrita no cinema, o roteiro em fase de desenvolvimento ou definitivo, vai passar pelo crivo de vários outros profissionais, muitas vezes não necessariamente roteiristas, que irão opinar, alterar, suprimir e adicionar, sobre o que foi escrito, conforme suas convicções.  E será uma sorte se o roteirista for chamado para participar desta fase, em que ele “entregou seu filho aos leões”.
Na TV a dinâmica das coisas também é pautada com os trabalhos realizados por várias pessoas, mas a relação com os roteiristas é um pouco diferente, porque nela a interferência alheia não traz conseqüências tão atrozes.
Tomando como exemplo as novelas, os autores, os grandes “maestros de toda a orquestra”, se utilizam de colaboradores que irão desenvolver em diálogos, as cenas já pré-estabelecidas; consequentemente, os mesmos colaboradores deverão se submeter ao que lhe foi determinado, sem que venham modificar a idéia inicial, sob o risco de serem gongados. Essa é uma dinâmica que desde o início é bastante clara. Ao contrário do que ocorre no cinema, cujas interferências no roteiro por vezes são inesperadas, revelando seu lado perverso.
De qualquer forma, tanto em um veículo quanto em outro, o que se vê é uma relação de criação complexa, onde os resultados dependem, e muito, da convergência de várias opiniões. O êxito na qualidade do texto acaba sempre dependendo da boa dinâmica que se desenvolveu entre as partes envolvidas.
Vendo a coisa desse ângulo, agora eu compreendo quando uma professora minha dizia: “Tonny não se apegue tanto as suas idéias”.
Pois bem. Com tudo o que eu escrevi até agora, quero dizer que para ser um bom profissional da escrita em audiovisual, além de necessário ser bom um roteirista, se deve ter em mente que também é necessário trabalhar em equipe, porque o trabalho isolado é cada vez mais escasso e os profissionais que insistem nesta condição, correm o sério risco de serem excluídos do mercado.
É algo meio complicado de se entender, ainda mais para mim que defendo o roteiro autoral. Devo reconhecer que a habilidade de se ter um certo desprendimento das nossas idéias, também deve ser trabalhada, já que, em equipe nada vai ser imposto a contra gosto alheio e vice-versa.
Logo, o roteirista que deseja ingressar neste mercado, que funciona dessa forma; além de criativo e de ter que dominar as técnicas da roteirizarão, também deve saber trabalhar em equipe e para quem tem dificuldade de assim trabalhar, é bom começar a rever seus conceitos, porque a insistência em trabalhar absolutamente sozinho pode fazer com que o profissional seja galgado a condição de mico leão dourado de número diminuto às vias de extinção.
As questões são: Como trabalhar sabendo ouvir opiniões, sem perder sua individualidade artística? Como roteirizar para o cinema sem ser desrespeitado no que escreveu? Como desenvolver trabalhos em forma de parceria e defender o trabalho autoral?  A busca por essas respostas é o nosso grande desafio e se alguém as tiver me diz, por favor. Que tal tentar encontrá-las em grupo?


Aproveitando a postagem lembro mais uma vez o que acontece com Paulínia. Me sigam no twiiter. Abracei a causa e convido para que vocês participem também. Estou fazendo barulho por lá. É incrível, mas percebo que têm profissionais ou pretensos profissionais de cinema que estão completamente inertes. Até parece que estamos falando de algo que está a acontecer lá em Saturno. ATENÇÃO! Estamos falando daquilo que foi concebido para ser o maior centro de produção cinematográfica do País. Esse é um assunto nosso.
Já que criei uma conta por lá com vistas a fazer barulho contra a degradação do Pólo de Cinema de Paulínea, também vou aproveitá-la como instrumento de interação com vocês.
Como diria aquele personagem Giovanni e Prota do Aguinaldo Silva:
“Me sigam-me” no @TonnyCruzBR
E façam barulho também.
Aguardo vocês.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

CRISE COMPROMETE A CONTINUIDADE DA PRODUÇÃO DE CINEMA EM PAULINIA

Nas postagens anteriores, eu falei sobre os grandes estúdios que um dia já tiveram o título de “Hollywood Brasileira” (a Cinédia, a Atlântida e a Companhia Cinematográfica Vera Cruz. Até parece que estava adivinhando o que estava por vir. Bem... De certa forma não foi uma adivinhação, pois o assunto já estava pairando há algum tempo, mas foi por esses dias que a coisa estourou de vez.
Refiro-me a crise que se instalou no Pólo de Cinema de Paulínia (interior de São Paulo). Como todos sabemos, ele foi criado com a ambição de se tornar a “Hollywood Brasileira” da atualidade, título que por um certo tempo lhe caiu bem, até como forma de patriotismo e incentivo para a continuidade do projeto.
À época da sua criação, foi instalado um verdadeiro complexo de atividades de execução para o audiovisual, bem como para capacitação humana, através de cursos modulares, onde, até uma escola esteve voltada especificamente para a formação de profissionais a serem inseridos no mercado cinematográfico.
O projeto foi resultado da iniciativa da administração municipal, que canalizou recursos advindos, em sua maioria absoluta, da indústria petroquímica instalada na região e serviram para a construção de um estúdio de animação com equipamentos de última geração (que não produziu um único filme); a Escola Magia de Cinema, destinada a capacitação de produtores, diretores e roteiristas), atualmente sem oferecer cursos; além de cinco grandes estúdios que, pelo "andar da carruagem" estão fadados a se transformarem em almoxarifados municipais.
Tais problemas têm tornado o Pólo foco das atenções, obviamente de uma forma bem menos glamorosa, pois a situação atual retrata uma realidade totalmente diversa da que se previu em sua criação e a causa é a de sempre: o descaso com a cultura. Desde o início, o projeto em sua totalidade, já consumiu cerca de R$ 490 milhões que correm o risco de irem para o ralo.
O estopim da crise ganhou contornos maiores, por conta do anúncio de cancelamento da edição 2012 do Festival de Paulínia, o principal Festival de Cinema do país (depois do de Gramado).
Um prejuízo de proporções indescritíveis, até porque ele leva recursos para a cidade, por conta da atividade turística, o que fomenta o comércio local.
Agora um grupo de produtores está tentando viabilizar o Festival, mas tem dependido de uma parceria com a prefeitura, que ainda não aconteceu.
Nestes últimos dias tem se iniciado um manifesto em todas as redes sociais, conclamando um diálogo para a solução do impasse. Manifesto ao qual estou fazendo parte e até me motivou a criar uma conta no twitter. Convido a todos para que venham juntos. Se você já tem a sua conta, me siga no @TonnyCruzBR, vamos twittar e retwittar para fazermos o nosso barulho também.
Espero por vocês.

Ps. Gostaria de dizer aos que têm me acompanhado aqui blog que deixem o meu e-mail para recebimento de mensagens de cunho profissional. Outras mensagens podem colocar nos comentários das postagens. Elas servem para isso e como já disse outro dia, não há necessidade de cadastro.
Sim. As postagens aqui sempre são diárias, sendo uma exceção quando isso não acontece.

terça-feira, 17 de abril de 2012

JÁ ESTOU NO TWITTER

Já estou no Twitter. Sigam-me os bons (e os maus também). Lá irei fazer o mesmo que aqui: tornar o espaço sempre movimentado e atrativo, ao falar do audiovisual.
@TonnYCruzBR

JÁ TIVEMOS NOSSA ÉPOCA DE “HOLLYWOOD”

Na postagem anterior, eu disse que o Brasil teve dois grandes estúdios de cinema e o caro leitor Heitor me enviou um e-mail a me corrigir dizendo que na verdade foram três, sendo que, além dos que eu citei (Vera Cruz e Atlântida), tivemos a Cinédia. Ele está certo!
Aliás, a Cinédia foi o primeiro estúdio cinematográfico instalado no nosso país e isso ocorreu em 1930 no Rio de Janeiro. Ele se especializou em produzir dramas populares e comédias embaladas por músicas, às quais acabaram sendo chamadas de “chanchadas”.
Foi na Cinédia que os grandes Oscarito e Grande Otelo foram lançados, sendo constantemente vistos em produções com grande apelo popular e juntos arrebatavam multidões para os cinemas.
Com o fim dos estúdios, seu espaço veio a ser utilizado para a produção de eventos culturais e locação para produções de outros veículos de comunicação. A mais notável dela foi a disposição do seu espaço para que a TV Globo gravasse parte da novela Malhação entre os anos de 1995 e 1998.
Em 1941 foi fundada a Atlântida, que também vinha com uma proposta de realizar filmes com grande apelo popular, baseados em dramas com foco nos temas brasileiros. Mas também foi nas chanchadas que o estúdio colheu seus melhores frutos.
Elas foram o seu grande canalizador de bilheteria e marcaram uma época em que os filmes eram verdadeiramente feitos para a platéia em massa, algo bem diferente de hoje.
A Atlântida galgou muitos profissionais ao estrelato, como o diretor Carlos Manga e os comediantes Oscarito e Grande Otelo (que vieram da Cinédia) além de Zé Trindade e Dercy Gonçalves.
O estúdio ficou marcado pela sua vinheta: um enorme chafariz entoado em meio a um fundo musical.
Foi esse estúdio que lançou o Pagador de Promessas, produção premiada no exterior e talvez o primeiro longa metragem que alcançou reconhecimento internacional.
Mas o maior e mais ousado empreendimento cinematográfico do Brasil foi sem dúvida a Companhia Cinematográfica Vera Cruz, criada em 1949 e instalada numa fazenda de propriedade da família Matarazzo, localizada na cidade de São Bernardo do Campo, interior de São Paulo.
O projeto da Vera Cruz foi tão grandioso e interessante desde a sua concepção, que merece uma postagem só para ele. O que será feito.
Espero vocês e até a próxima.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

O CINEMA NA ÍNDIA

Assim como o Brasil, a Índia tem despertado a atenção dos países ricos do mundo por conta da sua perspectiva de crescimento, devido as suas particularidades socioeconômicas. Neste contexto, a indústria cinematográfica também está em foco, pois é um grande nicho de investimento, dada a sua representatividade naquele país.
O termo “indústria cinematográfica”, é totalmente cabível para a Índia, pois lá a produção de filmes é tão intensa que segue uma linha quase que industrial, comparável a de Hollywood.
Essa tal indústria tem sido chamada de Bollywood, um termo que surgiu da junção de Bombain com Hollywood. Na verdade Bollywood surgiu para designar apenas os filmes de língua Hindi, mas hoje é utilizado para designar toda a produção de cinema da Índia (o que alguns vêem como um equívoco).
Juntando todas as produções da Índia feitas em um ano, o resultado faz com que o país se torne o maior produtor de filmes do mundo, praticamente o dobro (!) do que se faz nos EUA. Mas neste caso quantidade definitivamente não significa qualidade, já que em boa parte, a qualidade técnica dos seus filmes deixa a desejar.
Isso acontece porque filmes são produzidos de todas as formas possíveis, desde um grupo de pessoas que sai fazendo seus filmes de um modo praticamente artesanal, até as produções financiadas por grandes grupos midiáticos.
De fato, as produções de Índia têm recebido grades investimentos, inclusive dos estúdios de Hollywood, o que têm tornado o mercado cinematográfico do país cada vez mais interessante e competitivo, ganhado projeção mundo afora.
Uma particularidade dos filmes indianos é que eles quase sempre são musicais, e as músicas podem ser interpretadas por cantores que necessariamente não são personagens dos filmes, mas se fazem presentes, em um descompasso de difícil compreensão para nós, os brasileiros, que não somos acostumados com filmes musicais.
Aliás, excetuando os filmes da sessão da tarde, tela quente ou os que são comprados em DVD´s piratas, o nosso povo não é acostumado a filme algum, embora sempre compareça em massa nas sessões abertas, quando estas lhe são oferecidas por aqueles que lembram que existe uma legião aquém dos multiplex (ou seria multiplexes ?)  dos shoppings.
Portanto, entre outras razões, pelo fato de que o cinema seja algo cultural do povo indiano, lá existe uma verdadeira indústria de cinema, algo tão distante de nós que é melhor nem ousarmos a sonhar com algo parecido. Até porque aqui não se faz filmes para o povo.
Mas houve uma época em que isso começou a ser cogitado. Inclusive pelo fato de ter existido dois grandes estúdios genuinamente tupiniquins. Quais foram estes estúdios? Isso é a matéria da nossa próxima postagem.
Aguardo vocês amanhã.

sábado, 14 de abril de 2012

A HOLLYWOOD DA ÍNDIA

Muito se tem falado nas proximidades entre o Brasil e a Índia, onde cada vez mais seus chefes de Estado têm se voltado para a cooperação mútua.  Numa relação que tem, a todo momento, nos tem trazido certas particularidades daquele país.
Inobstante o fato de ter sido quase que folcloricamente retratada em uma telenovela, a Índia é um país muito curioso e uma das suas características que o tornam um país singular, é o fato de ele possuir uma forte indústria cinematográfica, a qual se chama de Bollywood.
A produção cinematográfica lá é tão presente que ganha contornos de indústria comparada a Hollywood, com um detalhe que as diferem: a Índia produz mais filmes que a terra do Tio San, mesmo esta sendo representada pelos grandes estúdios, com suas produções arquimilionárias.
Muito se tem falado em Bollywood e sobre os fatores que levaram um país como aquele a ter uma produção de cinema tão forte. Eu arrisco ao menos uma razão: a de que lá, o cinema é algo cultural.
O cinema é tão presente na rotina da população que não é incomum, que como forma de lazer, amigos se reúnam para fazer filmes. É como se fosse um “programa de domingo”, equivalente ao que se faz aqui, onde o grande lazer nacional é jogar futebol.
É claro que nem sempre a qualidade dos filmes produzidos por Bollywood é boa, mas, ao contrário daqui, onde só se lembra que é brasileiro de quatro em quatro anos; é reiteradamente no cinema que o indiano se retrata e se vê, reforçando a sua cultura e despertando o interesse do público de uma forma massificante.
Ou seja, lá o cinema é algo que também é feito pelo povo, que se identifica e consome naturalmente o que se produz. Aqui o cinema é algo elitista, feito por meia dúzia, onde muitos desses poucos se acomodam em receberem verbas públicas, para realizarem filmes autorais feitos, em sua maioria, para agradarem críticos intelectuais (e intelectualóides) nos festivais de cinema.
Na Índia o cinema praticamente se auto sustenta. Aqui o cinema sustenta uma minoria, às vezes literalmente, onde alguns, com o dinheiro público, até... Bem, é melhor eu me calar.
Voltando ao assunto, a Índia possui uma indústria cinematográfica, porque desde sempre foi feita pelo povo e voltada para o povo, que gera renda e a faz sustentar. Embora lá também existam as grandes corporações que investem em cinema, sem perderem o foco de levarem o público para as salas de exibição. Assim como fizeram Mazzaropi e Os Trapalhões durante muito tempo. Mesmo apanhando da crítica intelectual, que muitas vezes os batia sem dó.
O fato é que o cinema só se torna algo verdadeiramente concreto se for feito para atingir o maior número de pessoas possível, o que não significa fazer algo ruim.
É isto que em matéria de produção cinematográfica, torna o Brasil abismalmente distante da Índia: aqui ainda é pecado mortal fazer um cinema com o compromisso de gerar público e renda. Poucos saem da zona de conforto da cultura das verbas públicas.
É preciso mudar esta realidade e alguns bons cineastas têm se voltado para isso, notadamente os da nova geração. Nem precisa que venhamos a sonhar para nos tornarmos uma indústria como a da Índia, o que é uma hipótese muito remota, mesmo sendo o Brasil uma das maiores economias do mundo.
Mas eu escrevi....escrevi e não disse o que da fato é essa tal Bollywood. Eu direi, mas nesta segunda 16/04. Aguardo vocês.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

DEU CHAVES NA CABEÇA

Quase dois meses de blog e várias postagens, achei que já era hora de compartilhar algumas curiosidades com vocês.
Saibam que a postagem mais clicada foi a que eu comentei sobre o canal do seriado Chaves no youtube. Não é só no SBT que o seriado é campeão de audiência.
Foi sem querer querendo...
Gostaria de dizer que ainda estou me familiarizando com as ferramentas oferecidas pelo blogger e aos poucos vou aprendendo a usá-las.
Quando eu estiver bem hábil, vou começar a mudar a interface do blog. Estou achando o visual bem “chinfrim”, mas isso é algo temporário.
Eu já disse e torno a dizer que as postagens aqui serão diárias e será uma exceção quando isso não acontecer. Quando eu for ficar alguns dias sem postar eu lhes avisarei antecipadamente. Portanto, podem dar uma olhadinha aqui todo dia.
Como podem perceber não estou dando notícia do audiovisual. Só comentários em forma de críticas, crônicas ou comentários. Mas se vocês quiserem eu volto a publicá-las.
Mas antes respondam a seguinte enquete:
Vocês querer voltar a ver notícias do audiovisual aqui?
Respondam nos comentários, com SIM ou NÃO simplesmente.
Vou ficar sem postar por alguns dias. Mas dia 14 de abril estarei de volta.
Boa Semana Santa para vocês.

terça-feira, 3 de abril de 2012

ESTÃO ACABANDO COM A TV PÚBLICA

Lembro quando assisti pela primeira vez ao programa Vitrine da TV CULTURA. Na época apresentado pela competente Maria Cristina Poli. Isso lá por meados dos anos noventa. Foi “amor a primeira vista”. Amor por ela e pelo programa, que afirmo sem medo de errar: durante um certo tempo foi o melhor programa da TV Brasileira. Aguardava ansiosamente a sua edição (sempre semanal) e acompanhei a sua mudança que ocorreria durante os anos que viriam.
E assim foi ocorrendo. O programa foi mudando constantemente de dia e horário, até se deteriorar totalmente em meio à programação e em seu próprio contexto, ou a falta dele.
Algumas alterações depois, umas para melhor e outras nem tanto; o programa foi se perdendo, inclusive o seu “tempo de arte”, que tinha algo em torno de uma hora, para passar a ter meia. Até que foi extinto e deixou uma série de fãs órfãos e porque não dizer, indignados.
O Vitrine foi sem dúvidas o programa que tratou o assunto “mídia” da melhor forma possível, com lucidez e seriedade, sem perder o tom leve e descontraído que deve se fazer presente nesse tipo de programa. Isso sem falar que ele revelou muita “gente boa”, inclusive dando oportunidade para que outros, que já vinham de antigos trabalhos, pudessem mostrar suas “outras facetas”.
Pois bem. Há algo em torno de dois meses, salvo engano, o programa deixou de ser transmitido e com ele também se foi o Metrópolis, outro programa muito bacana.  Se fosse em uma TV privada, a atitude dos programadores da TV CULTURA, poderia ser considerada um “ensaio ao suicídio”, ou um “tiro no próprio pé”. Já que esses eram dois produtos que traziam nobreza e credibilidade a TV. Mas pelo fato das suas particularidades, eles não têm mesmo com o que se preocuparem, porque essa emissora vive de verba pública e os empregos de muitos, estarão garantidos, mesmo que ela venha a passar por terríveis intempéries. Mas essa regra só serve para aqueles que defendam determinada sigla que é o... bem deixa pra lá.
Situação pior é a da TV BRASIL que é chamada jocosamente de TV traço, já que “traço” é o termo “quase técnico” para o índice de audiência que beira o zero ponto. O que faz com que o seu “ingrato” apelido não seja tão jocoso assim.
O fato é que, em alguns casos, tanto a TV CULTURA, quanto a TV BRASIL só têm servido de verdadeiros cabides de empregos. Em uma sistemática perversa, onde quem ganha poder são os apadrinhados políticos, em detrimento dos que realmente são competentes e entendem de TV, que acabam perdendo importância dentro da emissora.
Por isso meus amigos, não tomem como surpresa se as TV´s públicas definharem em termos de qualidade, porque cada vez mais vão servir, tão somente, para refúgio de empregos de uma gente que vai brincar de fazer TV, sem nenhum compromisso com a qualidade. Afinal seus empregos estarão garantidos de uma forma desprendida de resultados a serem obtidos.
Mas saibam eles, que apadrinhados políticos só ostentam esse “título”, enquanto seus padrinhos estiverem no poder. Porque quando o povo resolve mudar (embora isso demore pra acontecer). Os príncipes que assim foram dormir, quando acordarem voltarão a serem sapos e aí serão depostos dos tronos dessas TV´s, hoje grandes brejos que eles próprios ajudaram a transformarem.