Eu nunca gostei de zumbis. Nunca achei graça
em ver um bando de mortos vivos desfigurados sujos de sangue e meio idiotizados
a andarem prá lá e pra cá sem um objetivo definido. Também nunca achei que do
ponto de vista dramatúrgico esses seres fossem interessantes por conta da sua
apatia, ainda que grotesca.
No entanto, respeito muito quem aprecia ser
assustado por esses seres curiosos, até porque eles possuem uma característica que
me chama a atenção: a sagacidade em atacar subitamente. Pois, no primeiro
deslize da sua presa, entenda-se algum pobre mortal, eles partem pra cima
sedentos por um bom e suculento pedaço de carne.
Pois bem, as redes sociais e os grupos de
discussão estão cheios de zumbis e são os espaços prediletos desses seres. Eles
ficam lá, escondidinhos no mais soturno breu, só esperando um deslize alheio
para saltarem sagazmente com sua fome animalesca dispostos a destroçarem a
pobre vítima sem qualquer dó ou piedade.
A atuação dessas bestas virtuais é mais
acentuada nos espaços em que os integrantes desenvolvem ou pretendem
desenvolver algum tipo de atividade artística, seja na área literária ou
audiovisual. E como a intelectualidade é um elemento que naturalmente vem a ser
demonstrado, ainda que de forma indireta, através de opiniões, artigos, textos
ou trabalhos propriamente ditos. É através destes elementos que qualquer cidadão
corre o risco de ser fudid*.
Qualquer deslize, seja uma incongruência na
fundamentação da sua opinião, um erro de digitação, um erro de português, uma
dúvida que demonstre completa falta de maturidade profissional ou qualquer
outra coisa que eventualmente se constitua em uma eventual “falha intelectual”,
eis que algum zumbi surge para te corrigir ou até para te esculhambar, ainda
que fazendo uso de uma singela acidez. Só que toda acidez é destrutiva e não
tem jeito de ser diferente.
Em outras palavras, aqueles seres que são
inoperantes e nunca aparecem no sentido de contribuírem para o compartilhamento
de informações; com a falha alheia, passam a ser dotados de uma imensa fome e
eis que saltam a dar o ar da nem tão desejada graça.
A esta altura do campeonato alguém já estará
a se perguntar se eu fui vítima de alguma criatura deste tipo e eu lhe respondo
que não. Não no sentido de ter passado por uma situação específica, que me
colocasse na condição de vulnerabilidade, embora reconheça que já cometi os
meus deslizes, o que na condição de ser humano (e não de zumbi) absolutamente não
me faz ser melhor ou pior que alguém.
Aliás, ao contrário do que possa parecer,
isso aqui não é um desabafo, pois eu nunca, jamais, perderia meu tempo a elaborar
um texto, ainda que simples e direto, tão somente para atacar zumbis. Este
singelo texto está revestido mais para um ALERTA e até MOTIVAÇÃO, porque eu
mesmo já incentivei a todos pretensos escritores, dramaturgos e roteiristas para
que se mostrassem e desenvolvessem seus trabalhos ou compartilhassem suas
experiências de ordem estritamente profissional “on line”.
Por conta dessa minha recomendação, me vejo
na obrigação de também advertir sobre “o lado negro da força”. Saibam que ao se
expor, vocês estarão a mercê das pragas virtuais e em caso de uma falha ou
escorregadela, deverão estar preparados para a trollagem grotesca.
Saibam ainda, que a ausência de distração é a
melhor defesa contra tais zumbis. Estejam preparados para a crítica, o sarcasmo
e até a esculhambação. Utilizem o ataque a seu favor e os transforme em
aprendizado para evitar novos deslizes. Se tornem mais atentos. Essa é a melhor
forma de enfrentar tais seres, para que nunca possam te abater. Pois mordiscar
o seu lindo e delicioso corpo, só mesmo quem merece e de outra forma bem mais
interessante, não é mesmo? Se é que vocês me entendem.
E para quem não escreve ou não pretende se
expor na net, tenha essa postagem como uma certa orientação para as suas vidas.
Não deixem que te coloquem na condição de vulnerabilidade, pois é exatamente
isso que eles mais desejam. Elevar o outro a condição de fraco é a meta inicial
de quem deseja o seu mal. Assim, terão exponencialmente reduzido o trabalho para
providenciarem a sua derrocada. Rixe, será que tô uma “cruza” de Augusto Cury
com o RR Soares?
De qualquer forma, que os zumbis continuem
lá, no quinto dos infernos, de onde nunca deveriam ter saído, a beliscarem a
carne do capiroto. E quem tiver com “peninha”, que os leve para casa, mas antes
tratem de ir à sessão do descarrego do Valdomiro. Se bem que.... É melhor eu calar
a boca e encerrar o texto por aqui!
Também
estou lá no @ TonnyCruzBR
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