Como já foi dito aqui outro dia, a dinâmica da concorrência da TV é muito curiosa. Ela muda conforme as conveniências das situações. Hoje a Globo e o SBT vivem “se lambendo”, com direito a elogios e tudo mais, uma realidade bem distante de outros tempos.
Isso ficou mais do claro, na entrevista coletiva em que o diretor geral da Globo, Octavio Florisbal deu nesta semana para divulgar a nova grade de programação da emissora.
Entre as novidades estará a extinção quase que completa da programação infantil do canal, onde a TV Globinho vai ter edição somente aos sábados. Na oportunidade, houve até elogios para o SBT, vejam só:
“Internacionalmente, as emissoras de TV Aberta não exibem mais conteúdo infantil. Ele está cada vez mais restrito à TV paga, com canais direcionados só para isso. Acreditamos que isso também começará a acontecer no Brasil. Além disso, manter uma programação para crianças é muito complicado, pois ela não dá retorno nem em audiência – uma vez que eles preferem assistir os programas infantis da TV paga – e também não trazem retorno comercial, porque as restrições para publicidade infantil são muito rígidas”, disse Florisbal. “Certamente, quem irá absorver esse público é o SBT, que já faz, há muitos anos e muito bem, uma programação infantil na TV Aberta”, elogiou Florisbal.
Só para lembrar, o SBT hoje não é mais uma ameaça para a Globo como em outros tempos e já que não é uma ameaça pode receber rasgados elogios.
Não me recordo de comentários desse tipo à época da “Casa dos Artistas” ou a final da “Copa do Brasil” que foi transmitida pelo canal do Seu Silvio; ou ainda a novela “Carrossel” na sua primeira exibição. Por que será?
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