Eu tenho memória musical e sempre
marquei as várias épocas da minha vida de acordo com as músicas que vão fazendo
sucesso. Na verdade, melhor dizendo, é o inverso: as músicas é que vão marcando
a minha vida. Mas houve um momento que ritmos e acordes cederam espaço para
outra arte e esta arte teve nome: o programa “Provocações” da TV Cultura.
Eu era um reles estudante de teatro e juntamente com todos os colegas, sonhávamos em, algum dia, termos o nosso nome conhecido nos palcos. Bem, isso nunca aconteceu, mas aí é outra história. Até porque, chutei o balde e .... Digamos, tomei um outro rumo. E por que Provocações marcou a minha vida? Bem, não é todo dia que vemos um “maluco” fazer um talk show recitando trechos de livros clássicos, poemas e peças de teatro.
O programa causou um rebuliço no nosso meio teatral e praticamente era a nossa “Malhação”, eis que sempre estávamos falando sobre o que tínhamos visto no programa da noite anterior. Sim, o velho Abujanra foi o nosso ídolo! Bem me lembro em uma ocasião, tarde a noite, quando liguei para um amigo extasiado pedindo que ele sintonizasse na TV Cultura.
A atração era uma leitura de uma versão de Fausto em que ele contracenava com Raul Cortês e Esther Góis. Show! Éramos felizes e vão a merda se vierem com o papo de que tudo não passa de mero saudosismo. Nem imaginávamos que Rafinha Bastos e Danilo Gentil estavam a caminho.
O velho Abujanra ou Abu, um homem com cara e voz de ranzinza, mas mesmo sem o ter conhecido pessoalmente, aposto que era um bonachão inveterado. O sucesso nunca nos veio, mas quem liga pra isso? Ainda estamos na fase de não preferirmos uma morte confortável, assim como Abu nunca preferiu, embora tenha morrido como merecia: como um passarinho...
Eu era um reles estudante de teatro e juntamente com todos os colegas, sonhávamos em, algum dia, termos o nosso nome conhecido nos palcos. Bem, isso nunca aconteceu, mas aí é outra história. Até porque, chutei o balde e .... Digamos, tomei um outro rumo. E por que Provocações marcou a minha vida? Bem, não é todo dia que vemos um “maluco” fazer um talk show recitando trechos de livros clássicos, poemas e peças de teatro.
O programa causou um rebuliço no nosso meio teatral e praticamente era a nossa “Malhação”, eis que sempre estávamos falando sobre o que tínhamos visto no programa da noite anterior. Sim, o velho Abujanra foi o nosso ídolo! Bem me lembro em uma ocasião, tarde a noite, quando liguei para um amigo extasiado pedindo que ele sintonizasse na TV Cultura.
A atração era uma leitura de uma versão de Fausto em que ele contracenava com Raul Cortês e Esther Góis. Show! Éramos felizes e vão a merda se vierem com o papo de que tudo não passa de mero saudosismo. Nem imaginávamos que Rafinha Bastos e Danilo Gentil estavam a caminho.
O velho Abujanra ou Abu, um homem com cara e voz de ranzinza, mas mesmo sem o ter conhecido pessoalmente, aposto que era um bonachão inveterado. O sucesso nunca nos veio, mas quem liga pra isso? Ainda estamos na fase de não preferirmos uma morte confortável, assim como Abu nunca preferiu, embora tenha morrido como merecia: como um passarinho...